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quarta-feira, 19 de março de 2014

Uma parábola piauiense



Era uma vez um piauiense. Um dia, ele subiu numa carnaúba bem alta e ficou a contemplar a paisagem até que, distraído, tombou das alturas e se estatelou no lajedo feito jenipapo maduro. Muito machucado, ele levantou a cabeça e não viu ninguém. Como não havia ninguém para ver o que lhe ocorrera, o piauiense ficou sem saber o que se passava com ele. Então, 2 anos depois da queda, passou um carioca e disse-lhe: "Nossa, piauiense, como você está ferido!". Ao ouvir isso, o piauiense começou a sentir dor por todo o corpo; era uma dor insuportável. E enquanto o piauiense se estribuchava de dor, já 4 anos após a queda, surgiu um paulista e disse-lhe: "Olha, seu caso é grave!". Mal ouviu essa frase do paulista, o piauiense deu o último suspiro e morreu.

O cultivo dos erros




“A gente aprende com os erros" - mas não só com os erros. Pararemos com essa autocomplacência pueril de se orgulhar dos erros do passado, como se eles fossem a condição única e exclusiva para alçar-se à maturidade. Uma burrada é, antes de qualquer coisa, uma burrada. A distância existente entre se orgulhar dos erros e cultivar os erros, permanecendo bem tranquilamente neles, é mínima.

Nossa linda juventude


Elefante (2003), filme de Gus Van Sant

A juventude classe média alta de Brasília, de Teresina ou do escambau começa suas festas fazendo piadinhas com o gosto musical das domésticas e dos porteiros e termina-as na maior algazarra etílica, ao som de funk carioca, swingueira e congêneres. Santa bebida que nivela o gosto nacional e revela nosso pauperismo!