Não é purismo linguístico, mas me doeu ouvir o Silas Freire falar, agora
há pouco, em "pequena menoria". Quisera Deus, porém, que a inépcia
linguística fosse o problema maior dele e de outros comunicadores de nossos
programas locais. Vamos falar sério: uma cidade que possui formadores de
opinião no nível do Silas, do Efrém Ribeiro, do Beto Rego e do Pádua Araújo
está culturalmente agonizando e impermeável à noção de meritocracia que deve pautar o debate na esfera
pública . Sem nem hesitar eu sou capaz de citar 50 alunos meus que falam,
escrevem e opinam melhor do que estes quatro cavalheiros. Mas, então, por que
eles continuam nos meios de comunicação destilando burrices e lugares-comuns
superficiais? A reposta é simples porém cruel; simples porque não é segredo nem
exige anos de pesquisa e cruel porque fere frontalmente nossa autoimagem já tão
surrada: NÃO SUPERAMOS COMPLETAMENTE AINDA NEM O CORONELISMO NEM O
ANALFABETISMO.
[31- 03- 2014]