O niilismo alegre e
narcisista dessa geração encontrou seu sentido onde poderia encontrá-lo: na
negação. Por isso, não nos enganemos:
todo cartaz, toda fantasia, tudo vai além do riso: guarda uma cilada que
desemboca no desespero que REBENTA sem peias do semi-ilustre peito brasileiro. Já
se disse mil vezes: não é contra PT apenas ou contra a Copa ou contra
Feliciano. É contra. É o basta. Não há falta
de foco: a corrupção e o cinismo é que são mais difusos do que os amigos da boa
ordem pensam. É todo o arcabouço que recobre nosso modelo democrático que
começa a ruir, podre e esfarrapado. É hora de repensar o voto obrigatório e
muitas outras coisas; talvez seja hora de ouvir sem pressa o que os velhos
anarquistas têm a nos dizer. O que mais pode desvirtuar a força explosiva desse
momento é a esquerda radical achar que o povo começa a levá-la a sério. Não
ainda. Torço de coração que as manifestações de Teresina e de Floriano sejam
CONTRA, e que PSTU & Cia não ajam como aproveitadores. A grande massa de
brasileiros não se encontra representada por nenhum partido político. Como
católico, funcionário público, pai de dois filhos, goleiro de pelada, leitor de
poesia e tomador de café, eu repilo a violência revolucionária. Mas não sou
burro nem otimista.
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